Num artigo publicado no Jornal de Psicopatologia, os investigadores concluíram que um grupo reduzido de pessoas que participaram no estudo e foram classificadas como “viciadas em Internet” estavam mais sujeitas a depressões do que as pessoas não-viciadas.
Para chegar aos resultados, os investigadores conduziram um inquérito junto de 1319 jovens e adultos, que responderam a perguntas acerca do tempo que passavam online e o que é que faziam quando estavam ligados. Paralelamente, fizeram aos inquiridos uma série de perguntas-padrão para aferirem a gravidade dos seus problemas de depressão, através do uso do Beck Depression Inventory.
O relatório, levado a cabo pelo Instituto de Ciências Psicológicas da universidade, concluiu que 18 por cento das pessoas que completaram o questionário - 1,4 por cento do total - eram viciadas em Internet.
“O nosso estudo indica que o uso excessivo de Internet está associado à depressão, mas aquilo que nós não sabemos é o que vem primeiro - as pessoas deprimidas procuram mais a Internet ou é a Internet que está a deprimir as pessoas?”, referiu ao “The Guardian” a responsável pelo estudo, Catriona Morrison.
“Aquilo que fica claro é que, para um reduzido número de pessoas, o uso excessivo da Internet pode ser um sinal de alarme para tendências depressivas”, acrescentou.
A idade dos inquiridos variou entre os 16 e os 51 anos, situando-se a idade média dos entrevistados nos 21.24 anos. A média de idades do grupo identificado como “viciados em Internet” é de 18.3 anos.
Comparando os sinais de depressão registados dentro deste grupo com um grupo semelhante, composto por pessoas com uma idade média igualmente situada nos 18.3 anos, os investigadores concluíram que o grupo de “viciados em Internet” tem uma maior percentagem de pessoas com depressões moderadas e graves.
Os mesmos investigadores concluíram também que os “viciados” gastam, proporcionalmente, mais tempo a navegar por sites com conteúdos sobre sexo e jogo e por redes sociais.
“O estudo reforça a especulação pública que postula que ficar muito agarrado a sites que substituem as funções sociais normais pode significar transtornos psicológicos como a depressão e o vício”, disse Morrison.
“Precisamos agora de clarificar os efeitos do uso excessivo de Internet na saúde mental”, concluiu a investigadora.
Este artigo de seis páginas agora publicado é o primeiro grande estudo ocidental a considerar a relação entre o vício da Internet e a depressão. Muitos dos ensaios anteriores foram levados a cabo na Ásia, refere o “The Guardian”.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Investigadores britânicos estabelecem relação entre depressão e vício da Internet
Psicólogos britânicos conseguiram traçar uma relação entre o uso excessivo de Internet e a depressão. De acordo com investigadores da Universidade de Leeds, as pessoas que estão sempre ligadas à Net são as que apresentam mais sintomas de depressão.
|Fonte: Público
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