sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Breves pausas podem ajudar na manutenção da memória


Os cientistas sempre souberam que dormir ajuda na consolidação da memória, permitindo que a mente possa filtrar e registar no cérebro o conhecimento adquirido. Entretanto, uma nova pesquisa sugeriu que breve descansos ou pausas podem auxiliar na retenção de informação.

O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Nova York e foi publicado na revista especializada Neuron.

Os resultados da pesquisa podem explicar o motivo pelo qual lembramos de factos ou conhecimentos específicos com detalhes, enquanto esquecemos de algumas outras informações quase que imediatamente.

"Fazer um intervalo entre uma aula e outra, por exemplo, pode realmente ajudar as pessoas a guardarem as informações que acabarem de receber", disse a médica Lila Davachi, professora-assistente do Departamento de Psicologia e Neurociência da Universidade de Nova York.

Para determinar se a consolidação da memória ocorreu durante períodos em que os pacientes estavam acordados, os pesquisadores analisaram imagens de áreas do cérebro conhecidas por desempenhar um papel significativo na memória, o hipocampo e as regiões corticais.

Intitulado "Seu cérebro precisa que você sintonize outras tarefas para que ele possa entrar em sintonia com o que você acabou de aprender", a experiência foi baseada num teste onde imagens de rostos e objectos eram exibidas às pessoas. A cada novo "pacote de informações", os pacientes eram submetidos a períodos de descanso regulares.

Os cientistas usaram ressonância magnética para medir as actividades cerebrais durante os testes e ao longo do período de descanso.

Segundo os especialistas, as áreas do cérebro continuaram activas durante as pausas, assim como ocorreu durante a aprendizagem de uma nova tarefa. Os cientistas ainda relacionaram a pausa ao facto de se aprender melhor uma actividade e se lembrar dela em futuros testes.

"O seu cérebro está a trabalhar por você enquanto está descansando, então a pausa é importante para a memória e para as funções cognitivas", explicou a doutora Davachi.

Os pesquisadores descobriram que a mente regista memórias ao longo do dia e à noite faz uma espécie de "edição" do que realmente será armazenado pelo o cérebro.

Fonte: Revista Veja

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