terça-feira, 21 de junho de 2011

Cérebro. Investigadores transformaram células da pele em células nervosas. Vão usá-las para perceber como vão morrendo



Uma equipa de investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, criou um banco
de células nervosas artificiais para tentar travar a doença de Parkinson.
Naquele que é o primeiro estudo em larga escala para encontrar uma cura para uma das demências mais comuns na velhice – calcula-se que 6 milhões de pessoas em todo o mundo sofram da doença – os investigadores estão a usar uma nova técnica para criar células estaminais, que lhes permite transformar uma minúscula amostra de pele de um doente numa minúscula amostra do cérebro do doente.
O Parkinson vai destruindo as células do cérebro que produzem dopamina, que são essenciais para controlar os movimentos – provocando tremores e desequilíbrio – e o humor.
A equipa diz que esta técnica lhes vai permitir analisar as células nervosas ao ritmo a que vão envelhecendo e esperam conseguir travar essa deterioração. A primeira amostra de células nervosas cultivadas em laboratório pertence a Derek Underwood, um homem de 56 anos de Oxfordshire, que foi obrigado a reformarse prematuramente devido à doença. As células da pele de Underwood foram cultivadas em laboratório. Depois serão “reprogramadas” para se transformarem em células nervosas.
Os investigadores vão ago
ra recolher amostras de outros 50 doentes, que serão estudadas ao longo dos próximos cinco anos.
“O cérebro é um órgão inacessível e não podemos facilmente retirar amostras para que
possa ser estudado. Mas agora há uma forma de o fazer. Temos as células de Derek disponíveis e podemos replica-las em quantidades ilimitadas para serem estudadas”, explicou o líder da equipa britânica, Richard Wade Martins.
O primeiro passo desta investigação passa por comparar as células retiradas a doentes de Parkinson com outras de volu
ntários livres da doença.
Ou seja, pela primeira vez os investigadores vão poder analisar a forma como se comportam as células saudáveis e a forma como se processa a sua deterioração.“Podemos perceber os processos celulares que fazem morrer as células e perceber porque é que elas começam a adoecer”, explica o responsável, citado pela BBC online. “E queremos perceber se algum tratamento pode reverter este processo e ajudar os doentes a voltar a recuperar as funções cerebrais”.

Apesar de a Parkinson não ter cura, os seus sintomas podem ser combatidos com medicamentos.




























Diário de Notícias (edição im
pressa) - 20/06/2001

Um comentário:

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