segunda-feira, 3 de maio de 2010

Efeitos da consanguinidade na famíla de Darwin



Darwin: selecção pouco natural amaldiçoa a família


Dos dez filhos de Emma e Darwin, três tiveram morte prematura e outros três foram inférteis

Charles Darwin, autor da teoria da evolução das espécies que revolucionou a ciência, parece ter condenado a própria descendência devido aos problemas de consanguinidade da sua família. Os cientistas relacionam uma série de casamentos entre primos na família de Charles Darwin e na de Emma Wedgwood, com quem se casou, com os níveis anormais de infertilidade e morte prematura tanto entre os seus familiares como nos seus próprios descendentes. Dos seus dez filhos, três tiveram morte prematura, enquanto outros três foram inférteis.

O estudo dos antepassados de Darwin revela uma história de casamentos consanguíneos nos Darwins e nos Wedgwoods que poderão ter produzido uma série de defeitos genéticos - a maior parte das mutações genéticas não se manifestam quando são herdadas apenas de um dos pais. Na era vitoriana era bastante comum primos direitos casarem entre si mas nestas famílias esta tendência foi ainda mais acentuada, de acordo com James Moore, professor de História da Ciência da Universidade Aberta do Reino Unido, que se prepara para publicar o estudo. "Os resultados são incríveis: 26 crianças nasceram de casamentos entre primos em primeiro grau, 19 das quais não conseguiram ter filhos", diz Moore. As conclusões baseiam-se no trabalho de investigação de Michael Golubovsky, professor de Biologia Molecular da Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA, que publicou um estudo sobre a infertilidade de três dos filhos de Darwin. Golubovsky acredita que uma mutação genética herdada dos dois progenitores provocou a infertilidade.
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André Patrocínio, Jornal I online

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