segunda-feira, 16 de maio de 2011

O gene da felicidade?




Cientistas associam gene à felicidade 

Uma pessoa com duas variantes longas de um gene pode ter mais facilidade em ver o lado bom das coisas e por isso ser mais feliz, pelo menos de acordo com um estudo que vai ser publicado na revista Journal of Human Genetics. 
O trabalho foi feito a partir de um estudo norte-americano que observou a saúde dos adolescentes ao longo de 13 anos, entre 1995 e 2008. Para o trabalho de Jan-Emmanuel De Neve, investigador da Escola de Londres de Economia e Ciência Política, foram analisados 2574 adolescentes. 
O objectivo era tentar perceber por que é que algumas pessoas parecem naturalmente mais felizes do que outras. A conclusão que o cientista chegou é que as pessoas que nascem com duas versões maiores do gene chamado 5-HTT têm mais probabilidades de dizerem que estão satisfeitas com a vida, do que aqueles com uma versão mais curta. 
Este gene está envolvido no transporte de serotonina – o químico, que entre outras coisas, está associada ao sentimento de bem-estar. A variante longa deste gene permite uma libertação e uma reciclagem melhor da serotonina, do que a variante mais pequena. 
Cada pessoa tem duas variantes do gene, uma vinda do cromossoma do pai e outra do cromossoma da mãe. Os 2574 adolescentes responderam a um inquérito que perguntava quão satisfeitos estavam com a sua vida. As respostas variavam entre “muito satisfeito”, “satisfeito”, “nem satisfeito, nem insatisfeito”, “insatisfeito” e “muito insatisfeito”. 
Analisando a informação genética destes adolescentes, mais precisamente quais as variantes que cada um tinha para o gene 5-HTT, a equipa de De Neve verificou que 69 por cento dos que tinham duas cópias grandes do gene diziam que estavam satisfeitos (34%) ou muito satisfeitos (35%). Por outro lado, os que tinham duas cópias curtas, só 38% diziam que estavam satisfeitos (19%) ou muito satisfeitos (19%). Ao todo, cerca de 40 por cento dos adolescentes disseram que estavam "muito satisfeitos" com a vida. “Os resultados sugerem uma ligação forte entre a felicidade e a variação funcional deste gene”, disse o investigador citado pelo jornal britânico “The Telegraph”. “Claro que o nosso bem-estar não é determinado por apenas um gene – outros genes e especialmente a experiência que vamos tendo ao longo da vida continua a explicar a maioria da variação entre a felicidade de cada um.”
http://www.publico.pt/Ciências/cientistas-associam-gene-a-felicidade_1493419
09.05.2011 (Este link já não está ativo).


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